Dr. Celmo Celeno Porto comparece a evento realizado em comemoração aos 20 anos do curso de Medicina do UNICEPLAC.
Nos dias 25 e 26 de novembro, o Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (UNICEPLAC) realizou o IV Congresso Médico, em comemoração aos 20 anos de criação do curso de Medicina, no hotel Royal Tulip. Para enriquecer o debate, a universidade convidou um dos mais célebres autores da área da saúde, o médico cardiologista Celmo Celeno Porto.
A comunidade médica do Distrito Federal e de outros estados do país foi convidada a participar do encontro e a produzir trabalhos para aprimorar o debate acadêmico. Ao todo, os alunos do UNICEPLAC e de outras instituições apresentaram 231 trabalhos, em formato de posters ou de comunicação oral.
A professora da disciplina de Metodologia Científica, Maria Carolina Medeiros, afirma que, “depois de um período pandêmico, em que houve uma fase de ‘escuridão’ em termos de conhecimento, a luz da ciência e da educação reacendeu e nos trouxe até aqui”. Para a professora, além de comemoração aos 20 anos do curso, o Congresso foi um momento de reencontro.
“Nossa expectativa é de que tenhamos criado uma cultura, na qual a troca acadêmica, com conhecimentos férteis, incentive os alunos a realizarem pesquisas”, disse a Dra. Maria Carolina. A professora espera que os resultados do IV Congresso se prolonguem por muitos anos. “Para que isso aconteça, precisamos do engajamento dos discentes de medicina, com mais projetos e ideias disruptivas”, finalizou a professora.
Tecnologia e Inovação
Soluções Inovadoras foi o tema do primeiro dia do Congresso, na sexta-feira, 25. A mesa-redonda abordou as inovações e as novas condutas no tratamento do Diabetes Mellitus. Seguindo na mesma linha, o renomado professor Celmo Celeno Porto falou sobre a importância da prática clínica na formação médica e os desafios de um novo movimento da medicina, com o advento da nanotecnologia e da internet.
“Atualmente, os profissionais trabalham em um mundo imprevisível. O exame clínico é considerado um método velho, com 2.500 anos, mas sobreviveu a inúmeras mudanças nesses dois milênios e meio, permanecendo como um ato médico básico. Acontece que a nanotecnologia e a internet atingiram profundamente o exame”, comentou Dr. Porto.
Segundo o médico, a imprevisibilidade do trabalho, ao longo dos anos, se dá pelo fato de os pacientes terem tido mais acesso à informação e ao conhecimento. “O paciente, que antes desconhecia o que se passava com ele, agora se tornou um paciente informado e equipado. O encontro clínico, no qual o paciente e o médico estão informados e equipados, enriquece o diálogo e traz diagnósticos mais resolutivos”, acrescentou.
Dr. Porto também disse que, “para além das práticas clínicas, os futuros médicos e profissionais da saúde devem se atentar às competências humanas para exercer a profissão”. Segundo ele, as principais qualidades de um médico devem ser pautadas no respeito, integridade e compaixão, além de competência científica e de qualidades humanas. “Já está mais do que consagrada a necessidade de nós obedecermos a aspectos legais e princípios bioéticos. Também precisamos respeitar a autonomia do paciente, praticar a beneficência, guardar sigilo e fazer justiça dentro da profissão”, destacou o Dr. Porto.
Os cursos de medicina, na opinião do médico, estão diante do desafio de entender essa disrupção, de entender que os estudantes vão ter que aprender a fazer o exame clínico de uma forma diferente, porque isso continua sendo um ato médico básico.
Perspectiva humana
No sábado, 26, último dia do IV Congresso Médico do UNICEPLAC, a mesa-redonda reforçou, aos futuros médicos, a importância de se ter uma perspectiva mais humana na prática da saúde. Os discentes puderam participar de palestras que ofereciam um novo olhar sobre a atuação da medicina, no que tange à cirurgia plástica e à ginecologia e obstetrícia.
Veja abaixo alguns registros do evento.
